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Caro Leitor,

quero convidá-lo a acessar meu novo site leonardopalmeira.com.br. Lá você vai encontrar todo o conteúdo deste blog além de informações de utilidade pública, um manual prático para pacientes e muitas novidades.

O blog continuará no ar, porém novos artigos serão publicados somente no site oficial. Espero que gostem!

23 de novembro de 2011

Bullying em mensagens de texto se torna mais comum, diz estudo


Cada vez mais crianças norte-americanas afirmam ter sido alvo de ofensas via mensagens de texto, o que inclui ameaças e boatos sobre elas espalhados para terceiros, de acordo com um estudo.

Dos mais de 1,5 mil alunos dos ensinos fundamental e médio pesquisados em 2008, 24% disseram ter sido "atormentados" por mensagens de texto --ante 14% em pesquisa com o mesmo grupo de estudantes um ano antes, de acordo com constatações publicadas pela revista Pediatrics esta semana.

No estudo, ser "atormentado" significa que colegas espalharam boatos sobre eles, fizeram comentários "rudes ou malévolos" ou os ameaçaram.

O bullying propriamente dito, definido como repetidas agressões morais, subiu a 8% dos estudantes pesquisados, ante 6% um ano antes.

Os pesquisadores, liderados por Michele Ybarra, da Internet Solutions for Kids, de San Clemente, Califórnia, disseram à Reuters Health que as constatações sugerem que é preciso dedicar mais atenção às mensagens de texto das crianças, mas que os pais não precisam se alarmar.

"Não é motivo para que eles se sintam incomodados ou decidam tirar os celulares de seus filhos. A maioria das crianças parece estar navegando de modo bastante saudável por essas novas tecnologias", disse ela.

O estudo inclui 1.588 crianças dos 10 aos 15 anos, pesquisadas online inicialmente em 2006. A pesquisa foi repetida em 2007 e 2008, e cerca de três quartos dos participantes originais participaram dos três levantamentos.

O trabalho publicado não informa por que os dados sobre a pesquisa concluída em 2008 só foram divulgados agora.

No que tange a agressões via internet, em contraste com as agressões via mensagem de texto, não houve tanta mudança ao longo do período. Em 2008, 39% dos pesquisados disseram ter sido "atormentados" on-line, e a maioria afirmou que isso aconteceu algumas vezes. Menos de 15% disseram ter sofrido bullying via internet.

Os estudantes agredidos parecem ter conduzido a situação no geral de maneira positiva, o que os pesquisadores dizem ser bom sinal.

Dos estudantes que disseram ter sido ofendidos on-line, 20% disseram ter ficado "muito ou extremamente incomodados" com o mais sério incidente do tipo, o que representa um total inferior aos 25% de 2006.

Fonte: Folha de São Paulo

Novo site Entendendo a Esquizofrenia


Amigos leitores,

é com muito orgulho que apresento a vocês o novo site Entendendo a Esquizofrenia (entendendoaesquizofrenia.com.br)!

Depois de quase três meses de trabalho intensivo, conseguimos modernizar e inovar o portal da esquizofrenia. Além de seu conteúdo habitual, com notícias, artigos e informações sobre a doença, acrescentamos um espaço para depoimentos de pacientes e familiares e para dicas culturais e de lazer.

Mas o que nos deixa mais empolgado é a comunidade virtual que construímos dentro do site. Inspirado nas redes sociais, criamos um espaço de total interatividade, onde pacientes, familiares e amigos podem postar seus comentários, fazer amizades, responder às dúvidas de outras pessoas, criar grupos de discussões, enfim, formar uma grande rede de solidariedade que tenho certeza será útil a muitas famílias e pacientes.

Convido os leitores do blog a entrar no site e na comunidade e a participarem!


Pesquisa do IPOBE mostra preocupações de cuidadores e familiares de pacientes com esquizofrenia.


Absorção em tempo integral e dedicação exclusiva. Essas são as principais características do cuidado ao paciente com esquizofrenia, conforme apontaram as entrevistas em profundidade com 12 cuidadores na parte qualitativa da pesquisa Ibope realizada pela Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Esquizofrenia – ABRE em parceria com o Programa de Esquizofrenia da Unifesp – PROESQ.

Todos associados à ABRE, os cuidadores forneceram longos e emocionados relatos que apontam a esquizofrenia como um distúrbio que afeta a vida pessoal, profissional e os laços conjugais. Também compromete seriamente o lazer dos cuidadores dos pacientes, independente da fase estável ou em recaída.

Além disso, segundo dados da pesquisa, a doença produz forte impacto sobre as finanças da família, já que tanto os pacientes quanto os cuidadores ficam impossibilitados de exercer atividade economicamente ativa. As pessoas de menor renda sofrem mais com a doença, pois possuem menos acesso à informação, tratamentos e instituições, além de maior dificuldade de deslocamentos pela cidade.

Os cuidadores revelaram ainda que até contam com ajuda de outras pessoas (vizinhos, por exemplo), mas a responsabilidade sempre recai sobre eles. Desse modo, a esquizofrenia é percebida como um fardo emocional, um tipo de aprisionamento. “O cuidador é convocado a viver em função do paciente. Não por acaso, vários deles se aposentam.”, afirma José Alberto Orsi, diretor adjunto da ABRE.

Recaída é o problema mais temido

Todos os cuidadores entrevistados pelo Ibope admitiram ter presenciado episódios de recaídas até o momento da entrevista e que isso está relativamente sob controle, mas é um acontecimento não descartado para o futuro. No entanto, o cuidador fica em estado de alerta permanente e a demanda por cuidados aumenta significativamente.

Dois terços dos entrevistados afirmaram que o convívio com amigos ou familiares diminuiu, mas que isso independe das recaídas. Entretanto, praticamente todos disseram que a recaída interfere em suas vidas, principalmente nos relacionamentos.

As recaídas relatadas com sofrimento pelo cuidador tiveram como detonador a interrupção e/ou inadequação do medicamento como primeira causa. Metade dos entrevistados afirmou que a cada recaída o paciente fica sempre do mesmo jeito, ou seja, não são percebidas alterações de intensidade na crise. O que sempre muda é a temática de cada crise. Mas a outra metade indicou que a recaída é responsável pela piora progressiva do quadro da doença.

Entre os sintomas mais comuns durante as recaídas estão: olhar enviesado, alucinações, comportamento antissocial ou bizarro, desconfiança e perseguição, agitação e insônia, delírios, sensações viscerais, agressividade, ameaça, tentativa de suicídio e TOC – Transtorno Obsessivo Compulsivo.

No entanto, os cuidadores revelaram que, durante a recaída, os atos violentos são pouco comuns. Ocorre mais autoagressão do que tentativa de prejudicar alguém e, esses atos foram, em sua maioria, descritos como acontecimentos do passado, em período anterior ao tratamento atual, indicando maior estabilidade do paciente no momento da pesquisa.

Durante a recaída, os cuidadores revelaram adotar vários recursos antes de utilizar a medicação: ouvir o paciente durante horas, se conter, falar muito pouco, não contra-argumentar, não retrucar e não desqualificar as percepções do paciente. É necessário também propor atividades relaxantes e ocupacionais: muitos disseram que fazer uma oração com o paciente pode ser um bom recurso para acalmá-lo.

É possível, a partir das falas dos cuidadores, dividir as repercussões entre emocionais e objetivas. Entre as emocionais, figuram responsabilidade e compromisso em tempo integral, demanda do paciente por atenção, aprisionamento e solidão do cuidador vistos como fardo pessoal, resignação, estado de alerta constante, medo e estresse, sentimentos contraditórios como: culpa, raiva etc.

Como impactos objetivos, os cuidadores apontaram a dificuldade de conciliar a vida pessoal com a profissional, pois a doença os obriga a abrir mão de projetos e atividades, restrição da liberdade de ir e vir, perdas financeiras, risco de agressão física e verbal (principalmente durante as recaídas) sendo o cuidador o próprio alvo de ataques.

“A prescrição da medicação adequada, na dose certa, com constantes ajustes é um trabalho de modelagem a partir da interação paciente, cuidador e psiquiatra. É comum levar anos para achar o ponto ideal. O que, no início é um drama – fornecer o medicamento -, hoje está no geral assimilado pelo próprio paciente como uma necessidade. O tempo da doença somado a incidência de recaída vão trazendo aprendizados.”, explica o psiquiatra Rodrigo Bressan, coordenador do PROESQ/Unifesp.

Recompensas aparecem nas entrelinhas do discurso

Nem tudo é visto como negativo pelos cuidadores e as recompensas a tanto sofrimento aparecem nas entrelinhas dos depoimentos. São sentimentos positivos, por exemplo, a rede de solidariedade e a união que a adversidade às vezes gera envolvendo membros da família, amigos e vizinhos.

Além disso, a parte boa de ser um cuidador é perceber-se como imprescindível e insubstituível, além de obter mais informações e conscientização sobre a doença. Há ainda o sentimento de dever cumprido, principalmente quando este cuidador consegue apoio e atendimento, unir a família, manter a situação sob controle com a ajuda de medicamentos e atenção e empatia do outro.

Fonte: bonde.com.br