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A figura acima ilustra esquematicamente como antidepressivos, estabilizadores de humor e antipsicóticos atuam no cérebro.
Inicialmente é importante compreender como o estresse, um quadro depressivo ou ansioso, um quadro de mania ou hipomania (bipolaridade), ou mesmo um surto psicótico afetam o cérebro e os neurônios. Esses achados valem também para dores crônicas, uso de corticóides ou para doenças que cursam com níveis aumentados de glutamato (principal neurotransmissor excitotóxico do cérebro), como as doenças degenerativas cerebrais (p.ex. Mal de Alzheimer), esclerose múltipla, AVC, ateroesclerose, dentre outras.
Essas condições diminuem a capacidade dos neurônios produzirem uma substância essencial para a neuroplasticidade, ou seja, a capacidade do cérebro responder saudavelmente ao ambiente, moldando-se e aperfeiçoando as funções mais necessárias ao equilíbrio mental e à qualidade de vida. Esta substância é conhecida pela sigla em inglês BDNF (Brain Derivative Neurotrophic Factor) ou fator neurotrófico derivado do cérebro.
O BDNF aumenta a arborização dos dendritos, fibras que conectam um neurônio a outro, melhorando assim a conectividade cerebral. Quanto maior e mais eficiente a arborização, melhor os neurônios se comunicam. Portanto, a deficiência de BDNF afeta diretamente a conectividade e, consequentemente, as funções cerebrais.
Estudos têm demonstrado que em quadros psiquiátricos, como a depressão por exemplo, ocorrem alterações anatômicas no cérebro, como redução do volume (atrofia) dos hipocampos, do lobo frontal, de gânglios da base e em estruturas do sistema límbico. Essas alterações ocorrem já no início do quadro e persistem enquanto os sintomas perdurarem. Há estudos que mostram que a curva de atrofia é proporcional à gravidade e ao tempo de doença não tratada ou tratada inadequadamente. Com o tratamento e a melhoria do quadro, a atrofia desaparece e a atividade neuronal volta a normalidade.
As alterações da conectividade neuronal e da anatomia cerebral provocam déficits cognitivos, como problemas de memória, atenção, funcionamento executivo, capacidade de planejamento e tomada de decisão, aspectos frequentes nos quadros psiquiátricos maiores, como a depressão, o transtorno bipolar (TBH) e a esquizofrenia.
A redução dos níveis de BDNF deixa o cérebro mais vulnerável à ação dos radicais livres, provocando maior toxicidade e levando a um fenômeno conhecido como apoptose (morte de neurônios=>envelhecimento cerebral). Portanto, a afirmação de que a depressão e outras doenças psiquiátricas podem matar neurônios é verdadeira e deve ser levada em conta na hora de tratar as doenças. Deve-se buscar a remissão completa ou a cura para se prevenir problemas maiores no futuro, como as doenças degenerativas do cérebro. Estudos têm demonstrado uma associação maior entre quadros psiquiátricos crônicos e não-tratados (ou com tratamento inadequado) e demências na terceira idade, como por exemplo, o Mal de Alzheimer e as doenças cerebrovasculares (AVC, ateroesclerose).
A medicação psiquiátrica atua, então, aumentando a síntese de BDNF, melhorando a conectividade entre neurônios, protegendo o cérebro contra o excesso de radicais livres e, finalmente, protegendo os neurônios contra a apoptose precoce. Agem, portanto, como neuroprotetores e contra um envelhecimento cerebral acelerado. Devemos compreendê-los como uma ajuda necessária ao equilíbrio dos sistemas de neurotransmissão a fim de se atingir a melhora clínica tão necessária à proteção contra o estresse e as sobrecargas do dia-a-dia.
A figura acima ilustra esquematicamente como antidepressivos, estabilizadores de humor e antipsicóticos atuam no cérebro.
Inicialmente é importante compreender como o estresse, um quadro depressivo ou ansioso, um quadro de mania ou hipomania (bipolaridade), ou mesmo um surto psicótico afetam o cérebro e os neurônios. Esses achados valem também para dores crônicas, uso de corticóides ou para doenças que cursam com níveis aumentados de glutamato (principal neurotransmissor excitotóxico do cérebro), como as doenças degenerativas cerebrais (p.ex. Mal de Alzheimer), esclerose múltipla, AVC, ateroesclerose, dentre outras.
Essas condições diminuem a capacidade dos neurônios produzirem uma substância essencial para a neuroplasticidade, ou seja, a capacidade do cérebro responder saudavelmente ao ambiente, moldando-se e aperfeiçoando as funções mais necessárias ao equilíbrio mental e à qualidade de vida. Esta substância é conhecida pela sigla em inglês BDNF (Brain Derivative Neurotrophic Factor) ou fator neurotrófico derivado do cérebro.
O BDNF aumenta a arborização dos dendritos, fibras que conectam um neurônio a outro, melhorando assim a conectividade cerebral. Quanto maior e mais eficiente a arborização, melhor os neurônios se comunicam. Portanto, a deficiência de BDNF afeta diretamente a conectividade e, consequentemente, as funções cerebrais.
Estudos têm demonstrado que em quadros psiquiátricos, como a depressão por exemplo, ocorrem alterações anatômicas no cérebro, como redução do volume (atrofia) dos hipocampos, do lobo frontal, de gânglios da base e em estruturas do sistema límbico. Essas alterações ocorrem já no início do quadro e persistem enquanto os sintomas perdurarem. Há estudos que mostram que a curva de atrofia é proporcional à gravidade e ao tempo de doença não tratada ou tratada inadequadamente. Com o tratamento e a melhoria do quadro, a atrofia desaparece e a atividade neuronal volta a normalidade.
As alterações da conectividade neuronal e da anatomia cerebral provocam déficits cognitivos, como problemas de memória, atenção, funcionamento executivo, capacidade de planejamento e tomada de decisão, aspectos frequentes nos quadros psiquiátricos maiores, como a depressão, o transtorno bipolar (TBH) e a esquizofrenia.
A redução dos níveis de BDNF deixa o cérebro mais vulnerável à ação dos radicais livres, provocando maior toxicidade e levando a um fenômeno conhecido como apoptose (morte de neurônios=>envelhecimento cerebral). Portanto, a afirmação de que a depressão e outras doenças psiquiátricas podem matar neurônios é verdadeira e deve ser levada em conta na hora de tratar as doenças. Deve-se buscar a remissão completa ou a cura para se prevenir problemas maiores no futuro, como as doenças degenerativas do cérebro. Estudos têm demonstrado uma associação maior entre quadros psiquiátricos crônicos e não-tratados (ou com tratamento inadequado) e demências na terceira idade, como por exemplo, o Mal de Alzheimer e as doenças cerebrovasculares (AVC, ateroesclerose).
A medicação psiquiátrica atua, então, aumentando a síntese de BDNF, melhorando a conectividade entre neurônios, protegendo o cérebro contra o excesso de radicais livres e, finalmente, protegendo os neurônios contra a apoptose precoce. Agem, portanto, como neuroprotetores e contra um envelhecimento cerebral acelerado. Devemos compreendê-los como uma ajuda necessária ao equilíbrio dos sistemas de neurotransmissão a fim de se atingir a melhora clínica tão necessária à proteção contra o estresse e as sobrecargas do dia-a-dia.
30/03/09 – Medir ondas cerebrais em resposta a estímulos sonoros parece ser um caminho promissor para se começar a entender a genética da esquizofrenia. Pelo menos é o que afirmam pesquisadores do Hospital McLean, afiliado à Universidade de Harvard. A resposta cerebral a determinados tons foi anormal em pacientes com esquizofrenia internados pela primeira vez quando comparada a de pessoas saudáveis, cujas ondas cerebrais foram registradas normalmente após ouvirem os mesmos tons. “A idéia de medir as ondas cerebrais a partir de sons surgiu do conhecimento do envolvimento do lobo temporal esquerdo, responsável pelo processamento do som e da linguagem, na fisiopatologia da doença”, afirma Dean Salisbury, diretor do Laboratório de Neurociência Cognitiva do Hospital de McLean. Mais de 100 pacientes foram testados ao longo de 10 anos. O fato da resposta cerebral a esses tons estar anormal pode significar que o cérebro não esteja disparando os estímulos apropriadamente no córtex auditivo. “Isso indica que estamos num caminho em que é necessário maior investigação”, conclui. Como os pacientes estavam na primeira crise e não tinham história de uso prévio de medicamentos, não se pode relacionar essas alterações ao uso prolongado dos antipsicóticos (PsychCentral).