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quero convidá-lo a acessar meu novo site leonardopalmeira.com.br. Lá você vai encontrar todo o conteúdo deste blog além de informações de utilidade pública, um manual prático para pacientes e muitas novidades.

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24 de agosto de 2010

Intervenção precoce: esforços para evitar o primeiro surto


Reconhecer precocemente se uma pessoa irá desenvolver a esquizofrenia é um desafio para a ciência e para os médicos, pois existem evidências robustas de que evitar ou retardar um primeiro surto pode aumentar muito as chances de recuperação de uma pessoa com esquizofrenia. No encontro mundial de especialistas em esquizofrenia, realizado em abril de 2010 em Florença, Itália, muito se debateu sobre intervenção precoce, desde como reconhecer se um adolescente está em risco maior de adoecimento até que estratégias utilizar para aperfeiçoar a resposta ao tratamento e aumentar as chances de recuperação.

Dr. William Carpenter, da Universidade de Maryland, EUA, defendeu que os sistemas diagnósticos em psiquiatria, particularmente o Manual Diagnóstico e Estatístico das Doenças Mentais, a DSM, da Associação Americana de Psiquiatria, incluíssem no roll de diagnósticos as pessoas que apresentassem um estado mental de risco para psicose, também conhecido como Síndrome Prodrômica de Risco (Prodromal Risk Syndrome).

Segundo ele, as pessoas com sintomas leves, como retraimento/isolamento social e emocional, distorções leves da realidade, ilusões ou falsas percepções do meio, falta de vontade e persistência nas atividades laborativas, acadêmicas ou sociais, possuem um risco de desenvolver um surto psicótico maior do que a população geral. As taxas de conversão para psicose podem chegar a 40% em 1 ano. Para Carpenter, é fundamental reconhecer este grupo para oferecer um tratamento rápido e eficaz, capaz de frear a progressão para um estado de doença. “As chances de recuperação para as pessoas que começam um tratamento antes de uma crise são muito superiores àqueles que já experimentaram a ruptura emocional e social que o surto psicótico gera”, conclui.

Dr. Ashok Malla, da Universidade de McGill, Canadá, preconiza que as pessoas em estado de risco para psicose sejam acompanhadas em serviços especializados em intervenção precoce. “Esses pacientes precisam de um tratamento intensivo com uma equipe treinada e disponível para atender às suas demandas, utilizando técnicas de psicoeducação de família e de terapia cognitivo-comportamental, além de medicação quando necessária”, explica. A psicoeducação de família procura informar melhor a família e orientá-la sobre como agir em situações de conflito, reduzindo assim a sobrecarga em casa, que pode ser prejudicial e precipitar um primeiro surto, e a terapia cognitivo-comportamental vai reforçar a tolerância do indivíduo ao estresse e auxiliá-lo na solução dos seus conflitos. “Os pacientes devem ser acompanhados por no mínimo 5 anos, já que temos a evidência de que até 82% surtam após este período quando não recebem nenhum tipo de tratamento. Nos dois primeiros anos os encontros devem ser semanais, nos três anos seguintes é possível reduzir a freqüência da intervenção, dependendo da evolução de cada caso”, afirma Dr Malla.

Dra. Merete Nordentoft, da Universidade de Copenhagen, uma das pesquisadoras-chefe da pesquisa conhecida por OPUS, que estuda a intervenção precoce da psicose na Dinamarca desde 1998, afirma que é importante engajar pacientes e familiares através da integração das questões médicas e das demandas sociais de cada caso e que, para maior efetividade do programa, é fundamental que a relação terapeuta-paciente não seja maior do que 1:10. Entre as atividades que propõe estão a terapia de família, o treinamento das habilidades sociais dos pacientes em grupo e a terapia cognitivo-comportamental. “Uma das abordagens que fazemos com o paciente é a elaboração de um plano de crise, conversando com cada um como deve agir quando está ouvindo vozes ou se sentindo ameaçado: ele deve tentar se distrair, ouvir uma música ou conversar com algum familiar, p.ex. Isso o deixa menos vulnerável e com uma sensação maior de proteção”, exemplifica. A estratégia de intervenção precoce mostrou-se mais eficaz do que outros tratamentos, com maior adesão por parte do paciente e da família, melhora dos sintomas, redução do uso e abuso de drogas e menos internações.

Uma questão que permanece ainda sem resposta é se de fato conseguimos prevenir a psicose ou a esquizofrenia. Alguns estudos, em fases mais avançadas, não viram diferença expressiva entre o grupo de pacientes que freqüentavam os programas de intervenção precoce após 5 anos e os que faziam o tratamento convencional. Para o Dr José Luiz Vazquez-Barquero, da Universidade de Santander, Espanha, e um dos responsáveis pelo estudo de Cantábria, também focado na intervenção precoce, cerca de 40% dos pacientes não apresentam recaída após 5 anos e para eles a alta é uma realidade possível. “É preciso conhecer bem os preditores de alta, para não dispensar um paciente que possa recair depois de interrompido o tratamento”, alerta. Porém, para 60% dos pacientes o tratamento precisa ser mantido.

23 de agosto de 2010

Alguém ainda duvida dos efeitos do estresse II ?


Estresse pode diminuir chances de mulher engravidar, diz estudo

Um estudo científico mostrou, pela primeira vez, que altos níveis de estresse podem diminuir as chances de uma mulher engravidar.

Especialistas da Universidade de Oxford, na Inglaterra, mediram a quantidade de hormônios associados ao estresse em mulheres que tentavam engravidar naturalmente e concluíram que as mais estressadas tinham mais dificuldade em ficar grávidas.

Técnicas de relaxamento talvez ajudem alguns casais, mas são necessárias mais pesquisas sobre o assunto, diz a equipe.

O estudo, publicado na revista científica Fertility and Sterility, monitorou 274 mulheres saudáveis com idades entre 18 e 40 anos que tentavam ficar grávidas.

Especialistas já sabem que idade, hábito de fumar, obesidade e consumo de álcool interferem nas chances de gravidez, mas a influência do estresse é menos clara.

A equipe da Universidade de Oxford mediu dois hormônios vinculados ao estresse, a adrenalina e o cortisol, a partir de exames da saliva das participantes.

A adrenalina é liberada pelo organismo quando a pessoa está, ou julga estar, em situações ameaçadoras ou perigosas. O cortisol está associado ao estresse crônico.

As mulheres que tinham índices maiores de alfa-amilase na saliva (uma proteína que pode servir como indicador na medição de índices de adrenalina) apresentaram uma redução de 12% nas suas chances de engravidar nos dias férteis em comparação às que tinham os níveis menores do indicador.

Os pesquisadores não encontraram associações entre chances de engravidar e a presença do hormônio cortisol.

Ioga

Uma das integrantes da equipe responsável pelo estudo, a cientista Cecilia Pyper, da National Perinatal Epidemiology Unit da Universidade de Oxford, disse que o objetivo do trabalho é melhorar a compreensão dos fatores que influenciam a gravidez em mulheres saudáveis.

"Este é o primeiro estudo a revelar que um medidor biológico do estresse está associado às chances de uma mulher ficar grávida naquele mês", explicou Pyper.

"A descoberta reforça a ideia de que casais que estão tentando ter um bebê devem procurar ficar tão relaxados quanto possível".

"Em alguns casos, pode ser importante procurar técnicas de relaxamento, terapia e até ioga e meditação".

A pesquisa foi feita em colaboração com o Eunice Kennedy Shriver National Institute for Child Health and Human Development, nos Estados Unidos.

Ela é parte de um estudo maior, que tenta avaliar os efeitos do fumo, álcool e cafeína sobre as chances de gravidez.


Fonte: BBC Brasil

Alguém ainda duvida dos efeitos do estresse?

Adversidades e estresse na infância levam a problemas de saúde no futuro, dizem estudos

Segundo pesquisas, estresse provocado por pobreza ou abusos pode levar a doenças cardíacas e envelhecimento celular precoce.


Adversidades e estresse no início da vida podem levar a problemas de saúde no futuro e até mesmo à morte prematura, segundo uma série de estudos apresentados em um encontro da Associação Americana de Psicologia, na Califórnia.

Os estudos sugerem que o estresse na infância provocado pela pobreza ou por abusos pode levar a doenças cardíacas, inflamação e acelerar o envelhecimento celular.

Segundo os responsáveis pelas pesquisas, as experiências no início da vida podem deixar "marcas duradouras" sobre a saúde no longo prazo.

Em um dos estudos, pesquisadores da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, analisaram a relação entre viver em pobreza e os sinais iniciais de doenças cardíacas em 200 adolescentes saudáveis.

Eles verificaram que aqueles que vinham de famílias mais pobres tinham artérias mais endurecidas e uma pressão sanguínea mais elevada.

Situações ameaçadoras
Uma segunda pesquisa do mesmo grupo mostrou que as crianças dos lares mais pobres eram mais propensas a interpretar uma série de situações sociais simuladas como ameaçadoras.

Elas também tinham pressão e batimentos cardíacos mais altos e apresentaram sinais mais fortes de hostilidade e raiva em três testes de laboratório.

Os resultados apoiam outras pesquisas que mostram uma ligação entre uma infância com alto nível de estresse e futuras doenças cardiovasculares, segundo a coordenadora dos estudos, Karen Matthews.

Segundo ela, ambientes imprevisíveis e com estresse levam as crianças a ficarem "hipervigilantes" em relação a percepções de ameaças.

"Interações com outros se tornam então uma fonte de estresse, que pode elevar o nível de estimulação, a pressão sanguínea e os níveis de inflamação e esgotar as reservas do corpo. Isso estabelece o risco para doenças cardiovasculares", disse.

Expectativa de vida
Outro estudo apresentado na conferência mostrou que eventos na infância como a morte de um dos pais ou abusos podem tornar as pessoas mais vulneráveis aos efeitos do estresse na vida posterior e até mesmo reduzir a expectativa de vida.

Pesquisadores da Universidade de Ohio State analisaram um grupo de adultos mais velhos, alguns dos quais cuidavam de pessoas com demência.

Eles avaliaram diversos indicadores de inflamação no sangue que podem ser sinais de estresse, assim como o comprimento dos telômeros - fitas de DNA que se encurtam a cada vez que as células se dividem e que podem ter relação com doenças relacionadas à idade.

Os 132 participantes também responderam a um questionário sobre depressão e sobre abusos ou negligências sofridos na infância.

O estudo relacionou abusos físicos, emocionais ou sexuais durante a infância com telômeros mais curtos e níveis mais altos de inflamação mesmo após serem descartados outros fatores como idade, sexo, índice de massa corporal, exercícios, sono e se a pessoa era responsável por cuidar de alguém.

"Nossa pesquisa mostra que as adversidades na infância deixam uma sombra longa sobre a saúde da pessoa e podem levar a inflamações e envelhecimento celular muito antes do que em aqueles que não passaram por isso", disse a coordenadora do estudo, Janice Kiecolt-Glaser.

"Aqueles que sofrem diversas adversidades podem encurtar sua expectativa de vida entre 7 e 15 anos", afirmou.


Fonte: BBC Brasil

18 de agosto de 2010

Novo clipe do grupo Harmonia Enlouquece: Homem-Robô

O grupo Harmonia Enlouquece é formado por pacientes e técnicos do Centro Psiquiátrico Rio de Janeiro - CPRJ, hospital do Governo do Estado do Rio de Janeiro, onde tive orgulho de trabalhar por muitos anos. Eles se tornaram mais conhecidos após a exposição na novela Caminho das Índias, da TV Globo, mas eles têm um repertório grande e muito interessante, que vale a pena conhecer. O clipe abaixo é do novo trabalho deles, "Homem Robô". Vale a pena assistir e visitar o Youtube, onde existem outras músicas do grupo.


13 de agosto de 2010

Transtornos Mentais Graves

Abaixo você assiste à minha palestra sobre Transtornos Mentais Graves apresentada no Congresso da Sociedade Médica da Ilha do Governador, em 14/08/2010.