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21 de junho de 2011

Anvisa a um passo de proibir os emagrecedores no Brasil

Agência reguladora não se convence das desvantagens de proibir a venda dos inibidores de apetite em reunião técnica com especialistas e deve, até agosto, anunciar a proibição desses medicamentos.

Após meses de intensos debates, deve se confirmar a proibição da venda de remédios inibidores de apetite no Brasil, sugerida em nota técnica da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em fevereiro deste ano. A discussão acerca do assunto foi encerrada em um painel promovido, na terça-feira, pelo órgão, conforme adiantado pelo Correio em 8 de junho. Segundo a chefe do núcleo de investigação em vigilância sanitária da Anvisa, Maria Eugênia Cury, o encontro reforçou as conclusões da agência reguladora de que não há margem de garantia para o consumo da sibutramina e dos anorexígenos anfetamínicos (anfepramona, femproporex e mazidol) com segurança por pacientes obesos. "Nós não conseguimos ter uma resposta objetiva de qual população se beneficia. Que o medicamento tem problemas de segurança, eu não tenho dúvidas. Reforçou (o painel) a avaliação de que o perfil de segurança do remédio é mais desfavorável do que favorável", afirma Maria Eugênia.

Boa parte da discussão voltou-se ao uso dos medicamentos, bastante receitados no Brasil. Segundo o presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, o mundo consumiu 5,7t de sibutramina em 2010. Dessas, 3,3t foram vendidas na América do Sul e quase 80% desse valor, cerca de 2,6t, foram consumidas por pacientes brasileiros. A maior divergência entre a agência e as entidades médicas e farmacêuticas envolvidas girava em torno do estudo Scout, que levou à proibição da sibutramina na Europa. No painel técnico, segundo Maria Eugênia Cury, foi possível analisar os dados do estudo e mostrar para os médicos que não havia equívoco em falar sobre os riscos para qualquer obeso, e não apenas para aqueles que já tenham histórico de doenças cardiovasculares. "A gente conseguiu ver que há técnicos e cientistas que não são da Anvisa e que confirmaram a nossa avaliação de que esse estudo, aliado a outros, demonstra riscos na utilização em uma população que não é só essa de contraindicação", explica a coordenadora.

Cury afirma que muitas das 15 questões enviadas às entidades médicas a respeito da segurança do uso dos emagrecedores permaneceram em aberto mesmo após os debates de terça. O representante da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem), Ricardo Meirelles, afirma, no entanto, que todas foram sanadas. "Elas foram respondidas embasadas em publicações de revistas científicas, mostrando que não era a opinião de alguns especialistas, mas conclusões de trabalhos feitos em diversos países. A sensação que se teve é de que a Anvisa já está com uma ideia pré-concebida e não parece muito disposta a mudar", queixa-se. "Para os defensores da manutenção desses medicamentos, o estudo Scout foi mal interpretado porque foi feito com pacientes que já tinham doença cardiovascular prévia. O estudo apenas confirmou a bula, e a Anvisa, a exemplo da Agência Europeia, está querendo estender a proibição a toda a população de obesos", diz Meirelles.

O argumento usado pelos médicos, segundo o cardiologista e autor de livros de farmacologia clínica Flávio Danni Fuchs, não foi convincente. "Não se tem evidência concreta de que (o medicamento) seja útil em pacientes. Infelizmente, ele aumenta a pressão arterial e se mostrou perigoso em indivíduos com doença vascular e diabetes. Medicamentes que não têm segurança não devem ser autorizados para uso", sustenta Fuchs.

Se antes havia um clima de otimismo entre os médicos diante da possibilidade de recuo da Anvisa, agora há apreensão. "Se for mantida essa posição, vai ser um prejuízo para todos os obesos, que atualmente são mais de 15% da população brasileira", afirma Meirelles, representante da Sbem.

A Anvisa tem dois pareceres favoráveis à suspensão do registro dos inibidores de apetite no país. Depois do último painel de discussão, será elaborado um documento que será submetido à avaliação da Diretoria Colegiada da agência reguladora, que deve decidir pela proibição dos emagrecedores. A previsão é de que a resposta final saia até agosto, segundo o presidente Dirceu Barbano.

Fonte: Correio Braziliense - 16/06/11

9 de junho de 2011

Doença mental é a que mais prejudica adolescentes

Mais um motivo de alerta para os pais! O tratamento precoce, na adolescência, é o caminho para melhorar a saúde mental na fase adulta e prevenir as complicações e a interrupção no desenvolvimento.



As doenças neuropsiquiátricas são a principal causa de afastamento do trabalho e do estudo na adolescência, aponta um artigo publicado na revista The Lancet. Cerca de 45% dos casos de afastamento na faixa etária de 10 a 25 anos estão associados a problemas psíquicos - especialmente depressão, alcoolismo, esquizofrenia e transtorno bipolar.

É a primeira análise científica que tenta traçar um panorama global de fatores que podem levar à invalidez na juventude. Os autores, da Organização Mundial da saúde (OMS), utilizaram dados de 2004 do Global Burden of Disease, levantamento internacional do impacto das doenças na família, na economia e na sociedade.

Os cientistas avaliaram um índice chamado Daly, que mede o tempo de vida perdido por morte prematura ou doença debilitante. A região que apresentou os piores índices foi a África, com valores cerca de 2,5 vezes maiores que os observados nos países ricos.

De um modo geral, o índice Daly para rapazes de 15 a 19 anos, em todas as regiões, apresentava valores 12% maiores que o das garotas na mesma idade.

As três principais causas de afastamento do estudo e do trabalho, na ordem, são: doenças psiquiátricas (45%), acidentes (12%, especialmente no trânsito) e doenças infecciosas ou parasitárias (10%).

O estudo também aponta os principais fatores de risco para a saúde durante a adolescência: pela ordem, alcoolismo, sexo inseguro, deficiência de ferro e gravidez precoce.

Em um comentário que acompanha o estudo, de John Santelli e Sandro Galea, da Universidade Columbia, os pesquisadores argumentam a necessidade de intervenções que aumentam "as conexões dos adolescentes às comunidades, escolas e famílias". "Elas são essenciais para a promoção da saúde entre os jovens", argumenta o texto.

Cerca de 27% da população mundial está na faixa etária analisada pelo estudo - de 10 a 24 anos - o equivalente a 1,8 bilhão de pessoas. Estima-se que, em 2032, chegará a 2 bilhões, com 90% vivendo em países de baixa ou média renda.


As doenças neuropsiquiátricas são a principal causa de afastamento do trabalho e do estudo na adolescência, aponta um artigo publicado na revista The Lancet. Cerca de 45% dos casos de afastamento na faixa etária de 10 a 25 anos estão associados a problemas psíquicos - especialmente depressão, alcoolismo, esquizofrenia e transtorno bipolar.

Fonte: O Estado de São Paulo

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110607/not_imp728920,0.php

6 de junho de 2011

Entenda o que é o oxi e como a droga se espalhou pelo Brasil




O oxi já apareceu em diversos estados, como alternativa barata ao crack. Os primeiros relatos de consumo do oxi foram registrados no Norte do Brasil, mas, nos últimos dois meses, a droga já foi apreendida em pelo menos 13 Estados do país.

Apesar de ter sido apontada como uma nova droga pela mídia, o oxi é considerado por especialistas como uma variação mais barata e tóxica do crack, que combina a pasta base de cocaína com substâncias químicas de fácil acesso.

Entenda as principais características do oxi e saiba o que já foi descoberto sobre os efeitos e a proliferação da droga.

De que é feito o oxi?


O oxi é uma mistura da pasta base de cocaína, fabricada a partir das folhas de coca, com substâncias químicas de fácil acesso, como querosene, gasolina, cal virgem ou solvente usado em construções.

De acordo com o perito do Instituto de Criminalística de São Paulo, José Luiz da Costa, a fabricação da pasta base de cocaína - da qual também são feitos a cocaína em pó, o crack e a merla - também é feita utilizando uma substância alcalina e um solvente para extrair uma maior quantidade do princípio ativo da planta, responsável pelo efeito principal da droga no sistema nervoso.

"Para se transformar em oxi, a pasta recebe novamente uma quantidade de solvente e alcalino. Só que, desta vez, são produtos como o querosene e o cal, ainda mais tóxicos do que o bicarbonato de sódio, o amoníaco e a acetona, usados para fazer o crack e na cocaína em pó", diz o perito.

A droga pode ser misturada ao cigarro comum e ao cigarro de maconha, mas, geralmente, é fumada em cachimbos de fabricação caseira, como o crack.

Segundo o psiquiatra Pablo Roig, diretor da clínica de reabilitação Greenwood, em São Paulo, o oxi libera uma fumaça escura ao ser consumido e costuma deixar um resíduo marrom, semelhante ao efeito da ferrugem em metais.

Por isso a droga recebeu o nome de oxi, uma abreviação de "oxidado".

Qual a diferença entre oxi e crack?


A principal diferença entre o oxi e o crack no mercado das drogas é o preço.

De acordo com o diretor do Departamento de Investigações sobre Narcóticos de São Paulo (Denarc), Wagner Gíldice, o oxi é vendido por cerca de R$ 2 a R$ 5 nas ruas. Pedras de crack podem chegar a custar R$ 10.

O oxi é mais barato justamente porque é feito com produtos químicos que podem ser conseguidos sem fiscalização e a preços baixos. Também por causa da utilização destas substâncias químicas, ele é mais prejudicial ao organismo do que o crack.

No entanto, especialistas dizem que o efeito psicológico das duas drogas é muito semelhante, já que ambas tem o mesmo princípio ativo, que é a pasta de cocaína.

Segundo o psiquiatra Pablo Roig, tanto o crack como o oxi podem viciar os usuários mais rapidamente do que a cocaína em pó, porque chegam mais rapidamente ao cérebro.

"A cocaína absorvida em pó pelo nariz tem que passar pelo sangue até chegar ao cérebro. Por isso, ela demora mais para fazer efeitos do que crack e oxi, que são inalados e vão do pulmão diretamente para o cérebro em questão de segundos", diz.

Mas Roig diz que, uma vez no organismo, o oxi é mais letal do que o crack, por causa do alto nível de toxicidade das substâncias de que é composto.

"A toxicidade do oxi encurta a vida do usuário em 20% em relação ao crack. Os usuários de crack vivem pelo menos 5 a 6 anos, mas 30% dos usuários de oxi poderão estar mortos depois de um ano", afirmou.

Quais são os efeitos do oxi no organismo?


A psicóloga Helena Lima afirma que a droga age no sistema nervoso, proporcionando sensações variadas, que podem ir de prazer e alívio a angústia e paranoia a depender da pessoa.

"Pela descrição dos usuários, sabemos que o oxi faz efeito entre sete e nove segundos a partir do momento em que é inalado", diz.

Uma vez no organismo, a combinação de substâncias do oxi pode causar lesões sérias da boca até os rins.

"Dizemos que o oxi é artesanal por causa da sua produção, mas, em termos bioquímicos, ele é bastante complexo e sofisticado e, por isso, muito prejudicial", diz Lima.

Na boca, o querosene ou gasolina combinados com o calor provocam ferimentos nos lábios e na mucosa bucal, danificam as papilas gustativas da língua - células responsáveis pelo reconhecimento de sabores -, causam ferimentos no esôfago e corroem os dentes.

O cal virgem na droga pode provocar fibrose pulmonar, que prejudica a captação de ar pelo pulmão.

Os químicos adicionados à droga vão para o fígado, que é o órgão responsável por metabolizá-las. No entanto, a droga sobrecarrega o fígado e compromete suas funções, como a distribuição de açúcar no organismo.

Por causa disso, o uso prolongado do oxi aumenta as chances de doenças como cirrose hepática e o acúmulo de gordura no órgão.

"Muitas pessoas também misturam o oxi com o álcool, o que é ainda pior. A mistura forma uma substância chamada cocaetileno, que é altamente tóxica para o fígado. Por isso, vê-se usuários com lesões sérias no fígado em pouco tempo", diz Pablo Roig.

Quem consome oxi também está sujeito a falhas nos rins, que também ficam sobrecarregados pela alta quantidade de toxinas resultantes da combinação química da droga.

A dificuldade dos rins em eliminar as toxinas faz com que elas permaneçam circulando no sangue, causando náuseas, diarreia e problemas gastrointestinais.

Além disso, o usuário também está vulnerável aos problemas causados pelo princípio ativo da cocaína, como o risco de ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais (AVCs).

Como a droga chegou no Brasil?


Especialistas e investigadores afirmam que o oxi começou a entrar no país pela fronteira com a Bolívia, que é o terceiro produtor de cocaína do mundo, segundo dados da ONU.

Há relatos de que o uso do oxi começou em Estados como Acre e Pará há cerca de 20 anos, mas, ao que tudo indica, começou a se espalhar pelo país nos último sete anos.

Um dos primeiros estudos brasileiros a mencionar a droga foi conduzido pela psicóloga e especialista em saúde pública Helena Lima, no Acre, em 2003.

"A pesquisa foi publicada em 2005 e fui muito procurada para falar sobre o oxi. No entanto, era uma droga desconhecida em um Estado pequeno no Norte do país. Por isso, ela foi ficando em segundo e terceiro plano na medida em que o problema do crack cresceu", diz a pesquisadora.

Nos últimos anos, o oxi passou a ser produzido no Brasil utilizando a pasta base de cocaína conseguida através do narcotráfico e os produtos químicos locais, como cal, querosene, gasolina e solvente.

"Acho que o fator estrutural do crescimento do oxi é a fragilidade do controle dos insumos químicos. A facilidade de acesso a essas substâncias acontece no país todo", afirma Helena Lima.

A psicóloga diz ainda que, no Acre, a droga se espalhou através dos usuários. "O oxi passa de mão em mão, mas também podem haver criminosos e até policiais envolvidos na distribuição."

O diretor do Denarc, Walter Gíldice, avalia que há uma grande possibilidade de que organizações de narcotráfico estejam diretamente envolvidas na proliferação do oxi.

"São os grandes traficantes que detém a pasta base, então eles podem estar por trás disso. Mas o que foi apreendido aqui já está sendo produzido aqui", diz.

Mas Gíldice também alerta para o fato de que, por ser produzida artesanalmente, a droga tem características diferentes em cada Estado. "As pedras que estão sendo vendidas no Pará são diferentes das de São Paulo, por exemplo. Aqui, elas são mais parecidas com o crack do que lá."

O que está sendo feito em relação à proliferação do oxi?


A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) está realizando uma pesquisa de campo sobre o oxi no Brasil, a pedido da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), órgão vinculado ao Ministério da Justiça.

De acordo com Helena Lima, a pesquisa é essencial para entender como a droga está sendo produzida e a quem está atingindo em cada região do país.

"Apesar da idéia de que o oxi é uma droga mais comum entre as classes mais baixas e entre os usuários de crack, entrevistei desde analfabetos até pessoas com formação universitária usando oxi no Acre", diz a pesquisadora.

"Só é possível combater o oxi sabendo como ele penetrou em cada Estado do Brasil, e isso depende das demandas do mercado de drogas em cada região."

O jurista e ex-secretário nacional Antidrogas Walter Maierovich afirma que, além de campanhas que alertem sobre os perigos da droga, é preciso realizar um controle mais rígido da venda de produtos químicos de uso mais corrente, como o cal e os solventes.

As fronteiras do país, segundo Maierovich, também precisam de mais vigilância.

"Ninguém está indo nos municípios da fronteira e verificando o aumento da renda nestes municípios. Estes lugares geralmente são pequenos e têm uma movimentação de dinheiro limitada. Se, de repente, há mais dinheiro circulando do que a capacidade desse lugar, há algo errado", disse.

O oxi já apareceu em diversos estados, como alternativa barata ao crack. Os primeiros relatos de consumo do oxi foram registrados no Norte do Brasil, mas, nos últimos dois meses, a droga já foi apreendida em pelo menos 13 Estados do país.



Fonte: BBC Brasil



3 de junho de 2011

Entrevista do Prof. Wagner Gattaz (USP) sobre Depressão no Canal Livre

Vale a pena assistir à entrevista do Prof. Wagner Farid Gattaz, da USP, ao programa Canal Livre, da Band. Ele fala com muita clareza e didática sobre a depressão e as doenças mentais.


Parte 1

http://videos.band.com.br/Exibir/Dr-Wagner-Farid-Gattaz-participa-do-Canal-Livre---Parte-1/2c9f94b5300dee6c01304115c16a1cbf?channel=626

Parte 2

http://videos.band.com.br/Exibir/Dr-Wagner-Farid-Gattaz-participa-do-Canal-Livre---Parte-2/2c9f94b5300dee6c013041239d3b1cd2?channel=626

Parte 3

http://videos.band.com.br/Exibir/Dr-Wagner-Farid-Gattaz-participa-do-Canal-Livre---Parte-3/2c9f94b5300dee6c0130413fa95d1ce8?channel=626

Parte 4

http://videos.band.com.br/Exibir/Dr-Wagner-Farid-Gattaz-participa-do-Canal-Livre---Parte-4/2c9f94b630297d990130413ed3e90b67?channel=626