A Agência Europeia de Medicamentos proibiu esta semana a venda da sibutramina, atualmente a droga para emagrecer mais usada no Brasil e nos Estados Unidos, de acordo com informações do British Medical Journal (BMJ). Nos EUA, o medicamento teve sua venda restrita em dezembro após uma avaliação da Food and Drug Administration (FDA), que observou que a droga aumenta o risco de infartos e derrames.
Segundo a agência europeia, os riscos da sibutramina superam seus benefícios. Junto com a proibição, foram divulgados dados do estudo "sibutramine cardiovascular outcomes trial (SCOUT)", que mostrou que o risco de infarto do miocárdio aumenta 16% em pessoas que tomam o medicamento. Em artigo publicado no BMJ, os pesquisadores da Agência Europeia de Medicamentos afirmam que "médicos não devem mais prescrever este medicamento, e farmacêuticos não devem tê-lo em estoque. Pacientes que tomam a sibutramina devem consultar um médico e discutir formas alternativas de perder peso".
EM TEMPO: A ANVISA DECIDIU NÃO PROIBIR A SIBUTRAMINA NO BRASIL, MAS PROPÔS ALGUMAS RESTRIÇÕES:
A partir da análise do estudo, a Anvisa recomenda a contra indicação do uso de medicamentos à base de sibutramina para pacientes com perfil semelhante aos incluídos no estudo SCOUT:
a) Pacientes que apresentem obesidade associada à existência, ou antecedentes pessoais, de doenças cardio e cerebrovasculares;
b) Pacientes que apresentem Diabetes Mellitus tipo 2, com sobrepeso ou obesidade e associada a mais um fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
A Anvisa, por meio da Câmara Técnica de Medicamentos (Cateme) fará nova avaliação do estudo, com o objetivo de investigar os níveis de segurança do medicamento em pacientes com perfis distintos dos já estudados. Essa avaliação poderá levar a Agência a determinar outras medidas restritivas ao uso da substância.
Fonte: site ANVISA