VISITE MEU NOVO SITE!

Caro Leitor,

quero convidá-lo a acessar meu novo site leonardopalmeira.com.br. Lá você vai encontrar todo o conteúdo deste blog além de informações de utilidade pública, um manual prático para pacientes e muitas novidades.

O blog continuará no ar, porém novos artigos serão publicados somente no site oficial. Espero que gostem!

25 de julho de 2011

Entrevista sobre esquizofrenia no Canal Saúde da FIOCRUZ


Assistam à minha entrevista à jornalista Marcela Morato no Programa Ligado em Saúde, do Canal Saúde da Fiocruz, sobre a esquizofrenia.

Basta acessar o site do Canal Saúde em www.canal.fiocruz.br nos horários abaixo e clicar em ASSISTA AGORA

2ª Feira, 25/07 - 16:00 - 16:30h

3ª Feira, 26/07 - 18:00 - 18:30h

5ª Feira, 28/07 - 18:00 - 18:30h

6ª Feira, 29/07 - 10:00 - 10:30h

Sábado, 30/07 - 10:30 - 11:00h

O programa será também apresentado na TV NBR (canal 4 da NET) e no Canal Futura, em data ainda a ser divulgada.

Espero que gostem!

22 de julho de 2011

Antidepressivos têm sua indicação questionada na depressão de pacientes com demência

Um estudo publicado este mês no The Lancet questiona o benefício dos antidepressivos em pacientes idosos diagnosticados com demência, como a doença de Alzheimer. Os autores avaliaram 300 pacientes com doença de Alzheimer diagnosticada ou suspeita durante 3 meses e verificaram que aqueles que utilizaram antidepressivos não tiveram nenhum benefício em comparação com os que utilizaram placebo, pelo contrário, o grupo tratado com antidepressivos teve mais efeitos adversos.

Um dos autores, Dr. Sube Benerjee, professor do King´s College London, Inglaterra, disse-se surpreso com o resultado e alerta para uma prática comum nos dias de hoje, que é receitar um antidepressivo para um paciente com Alzheimer. "Estou surpreso com a qualidade dos nossos resultados que permitem uma conclusão inequívoca de que o uso de antidepressivos nesta população como um tratamento de primeira linha deveria ser revisto", afirma o autor.

Este é o maior estudo até hoje que aborda o tratamento da depressão em pacientes com demência.

Fonte:
http://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736(11)60830-1/abstract

18 de julho de 2011

"Bullying é um problema socioecológico"


Vale a pena a leitura desta reportagem do site Bonde. Concordo plenamente com a psicóloga Susan Swearer quando ela diz que o Bullying encontra campo fértil, seja em casa, na escola ou na comunidade e alerta para o papel das redes sociais. Observo que alguns ambientes, particularmente as escolas e as famílias, podem ter uma influencia negativa na estimulação deste tipo de comportamento, por às vezes tolerar este tipo de conduta. Às vezes o bully começa em casa, numa disputa entre primos, p.ex., e continua na escola.

Apesar de ocupar recente destaque na mídia, o bullying é um fenômeno antigo. Data do início dos anos 80 um dos primeiros estudos sobre o assunto, de autoria do professor Dan Olweus, da Universidade de Bergen, Noruega. Ele investigava o caso de três jovens com idades entre 10 e 14 anos, que haviam cometido suicídio em 1982, como resultado da agressão de um bully – quem pratica o bullying.

Quase 20 anos depois, os resultados das agressões continuam tendo o mesmo fim e por este motivo o assunto tem preocupado além de pais, professores e profissionais, autoridades que buscam nas políticas públicas tentar coibir a ação dos chamados "valentões".

"Existe uma relação entre saúde mental e bullying. Sejam os jovens agressores, vítimas, os dois (quando sofrem e praticam bullying) ou espectadores, sabemos que em muitos casos, a depressão e a ansiedade podem ser co-ocorrência de problemas. Eu sempre avalio para depressão e ansiedade quando estou trabalhando com os jovens que estão envolvidos em bullying. Bullying é um problema de saúde mental", afirma Susan Swearer, professora na Universidade de Nebraska, nos EUA, e autora de diversos estudos sobre o tema.

De acordo com a psicóloga, o fenômeno varia de acordo com o local onde ocorre. Isto sugere que existam condições psicológicas e sociais que favorecem a ocorrência deste tipo de agressão. "Estou cada vez mais convencida de que o bullying é um problema socioecológico e que o indivíduo, a família, os pares, a escola, a comunidade e todos os fatores sociais influenciam ou não sua ocorrência".

Neste sentido, para a autora, as intervenções devem ser elaboradas com base em dados coletados nos locais onde ocorrem. "As intervenções devem se basear em evidências. O que pergunto a alunos, pais e educadores é: Quais são as condições em sua escola (família, comunidade) que permitem a ocorrência deste tipo de agressão? Na resposta encontramos as áreas que devemos abordar em uma intervenção. Já que o fenômeno varia, cada local deve ter seus próprios dados para planejar intervenções eficazes, a fim de mudar as condições que estão alimentando o bullying em sua própria escola e comunidade".

Falta de padrões dificulta identificação de agressor e vítima

Segundo Susan, não existe um perfil padrão de quem será um possível bully. "Se as condições ambientais são favoráveis, então qualquer um pode ser um bully. A mãe de uma menina vítima de bullying que cometeu suicídio me disse que as garotas que agrediam sua filha eram apenas ‘crianças normais’. As condições naquela escola e naquela cidade eram um campo fértil para agressores".

A pesquisadora aponta que existe uma dinâmica entre bullying e vitimização. De acordo com um de seus estudos, crianças que sofrem bullying em casa de seus irmãos ou parentes são mais propensas a serem bully na escola. "O que sabemos é que, se não tratadas, as crianças aprendem que praticar bullying é uma forma eficaz de conseguir o que se quer. E é provável que continuem com este comportamento na idade adulta. Assim, é fundamental intervir e parar o bullying durante os anos em idade escolar".

Da mesma forma, não existe um perfil das crianças mais propensas a cometer suicídio como resultado do bullying, por exemplo. "No livro Bullycide in America (‘Bullycídio na América’, 2007), mães de crianças vítimas de bullying que haviam cometido suicídio compartilham suas histórias e todas são diferentes. Em comum, apenas o trágico desfecho". Segundo Susan, existe uma conexão entre sofrer bullying e desenvolver depressão, e a depressão é um fator de risco para o suicídio. "Desta forma, pais e educadores devem prestar atenção em crianças com sinais e sintomas de depressão".

Tecnologia impacta bullying de forma negativa

"Computadores, telefones celulares, sites e redes sociais são condições que permitem que o bullying ocorra. O que antes se limitava a um encontro cara a cara e em locais específicos, agora pode acontecer durante 24 horas, sete dias por semana". Uma maneira indicada por Susan de proteger as crianças é limitar ou monitorar o uso destas tecnologias. "Eu pergunto aos pais: você deixaria sua filha de 12 anos andar sozinha por um beco escuro? Então, por que a deixa usar o computador e mandar mensagens de texto sem acompanhar?". Para a psicóloga, pais e filhos não conseguem perceber o lado negativo da tecnologia e das redes sociais.


Fonte: http://www.bonde.com.br/?id_bonde=1-34--37-20110715&tit=bullying+%C3%A9+problema+de+sa%C3%BAde+mental+diz+pesquisadora