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Caro Leitor,

quero convidá-lo a acessar meu novo site leonardopalmeira.com.br. Lá você vai encontrar todo o conteúdo deste blog além de informações de utilidade pública, um manual prático para pacientes e muitas novidades.

O blog continuará no ar, porém novos artigos serão publicados somente no site oficial. Espero que gostem!

31 de janeiro de 2011

EUA avançam em 1.º teste de Alzheimer


Exame revela formação de placas no cérebro que indicam o desenvolvimento da doença, antecipando o diagnóstico.

Um comitê consultivo da FDA (Federation Drugs Administration, da sigla em inglês para a agência americana que regula remédios e alimentos) recomendou na semana passada a aprovação do primeiro teste para doença de Alzheimer. Trata-se de um exame de imagem que mostra as placas no cérebro que causam a doença. Até agora, as placas só podem ser vistas em autópsias. A aprovação pondera que os radiologistas devem entrar em consenso sobre o que dizem os exames e os médicos devem ser treinados para lê-los.

A FDA geralmente segue as indicações do comitê, e especialistas em Alzheimer afirmam que o exame seria aprovado. As condições colocadas pelo órgão não devem trazer empecilhos, segundo Daniel Skovronsky, diretor-executivo da empresa Avid Ra­­diopharmaceuticals, que produziu o exame. “Nós não sabemos exatamente o que a FDA vai querer”, disse Skovronsky. “Mas esse tipo de consenso deve levar meses, não anos.”

As placas fazem parte do critério de diagnóstico do Alzheimer – se uma pessoa com problemas de memória não tem essas placas, ela não é portadora da doença. Mas, sem as imagens, o único modo de detectar a presença delas é por meio de autópsia. “Será um grande avanço”, diz Pierre N. Ta­­riot, diretor do centro de distúrbios da memória do Banner Alzhei­­mer’s Institute, em Phoenix, EUA.

Irreversível

O teste consiste no uso de um corante que se fixa à placa no cérebro, tornando-a visível em tomografias. Esses exames teriam muita importância em uma situação comum e problemática – tentar fazer o diagnóstico quando ainda não está claro se os problemas de memória do paciente são decorrentes do Alzheimer ou de outro fator. Mesmo se a pessoa for diagnosticada como portadora da doença de Alzheimer, ainda não há tratamento que retarde ou reverta o seu avanço, embora novas drogas estejam sendo testadas para diminuir essas placas.

Os médicos afirmam que ter um diagnóstico é importante para compreender o que está por vir. Também é importante para que os familiares do paciente saibam da doença, já que o risco de desenvolver o Alzheimer é maior se seus pais ou irmãos são portadores. O parecer do comitê “foi um grande passo”, diz Reisa Sperling, diretora do centro de pesquisa em Alzheimer do Brigham and Women’s Hospital, de Boston, EUA, acrescentando que, com esses exames, os médicos não mais farão suposições sobre os dados clínicos.

Intuição

O problema envolvendo a interpretação dos indicativos surgiu porque, no estudo da Avid, radiologistas não estabeleceram um limite para determinar quando a pessoa tem um volume significativo de placas. Em vez disso, foram feitas análises em níveis. O que é necessário, na prática, é estabelecer um ponto capaz de dizer “sim” ou “não”, e distinguir entre o que seriam quantidades significativas ou não de placas. A empresa deve provar ainda que o critério é preciso e que diferentes radiologistas interpretam o mesmo exame da mesma forma.

Algumas pessoas têm placas, mas não são portadoras de Alzheimer. Então, se o exame acusar a existência delas, os médicos devem usar seu julgamento clínico ao decidir sobre os resultados, levando em conta os sintomas do paciente, segundo P. Murali Doraiswamy, pesquisador do Alzheimer na Universidade Duke e investigador clínico dos testes realizados pela Avid. Mas, se o exame não indicar a formação de placas, a solução é mais simples, afirma Doraiswamy. Significa que os médicos devem procurar outras causas para os sintomas. “Essa técnica vai permitir que médicos de família se sintam mais confiantes ao apontar o Alzheimer”, disse. “Até agora, nós tínhamos que intuir se alguém tinha placas.”

Em 2008, um comitê da FDA afirmou que, para a aprovação do uso do pigmento, a empresa deveria mostrar que os exames estavam detectando as mesmas placas encontradas na autópsia.

A Avid fez esses testes usando pessoas próximas da morte que concordaram tanto em ter as imagens da tomografia colhidas quanto as autópsias em seus cérebros. A empresa também testou jovens que, presumivelmente, não teriam essas mesmas placas no cérebro. Os exames não acusaram a existência delas entre esses jovens.

Marco

A expectativa para a aprovação do novo teste é grande. Até mesmo Norman Foster, professor de neurologia na Universidade de Utah e consultor da GE Heatlhcare, que também está desenvolvendo um exame próprio para detectar as placas, pediu a aprovação do procedimento da Avid. “Médicos ainda têm pouca confiança na própria habilidade de determinar a causa da demência e, como resultado, eles muitas vezes nem arriscam”, diz. Com isso, famílias são deixadas no limbo, sem condições de planejar o futuro ou saber se o problema que têm é Alzheimer ou, se não, acabam demorando para procurar tratamento. “Os custos preventivos são enormes”, afirma Foster. “O preço emocional é incalculável”.

O professor cita os casos de três pacientes que vinha atendendo nas últimas duas semanas e que tinham se beneficiado do exame. Um deles era um homem de 70 anos com problemas de memória e depressão. Ele foi diagnosticado como depressivo, mas só quando passou dois anos piorando ficou claro que provavelmente era portador de Alzheimer. “Eu gostaria de ter tido a capacidade de fazer um exame como esse para um diagnóstico mais precoce”, afirma Foster. “A aprovação seria um avanço histórico na neurologia e no cuidado diário de pacientes com queixas de falta de memória”. Com a recomendação do comitê, Doraiswamy afirma: “É um marco no nosso campo”.

Fonte: Gazeta do Povo - Vida e Cidadania
http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?tl=1&id=1090640&tit=EUA-avancam-em-1-teste-de-Alzheimer

Carta Aberta da Associação Brasileira de Psiquiatria para o Ministro da Saúde

Caro Sr. Ministro da Saúde Alexandre Padilha, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) recebeu com satisfação a nomeação de Vossa Excelência para o cargo de Ministro de Estado da Saúde.

Não só pelo seu passado médico sanitarista como também pela defesa da Medicina como um todo e com o inicio das recentes mudanças em órgãos fundamentais como a FUNASA e a ANVISA, que contam com nosso integral apoio.

Acreditamos inclusive que esta atitude de mudança deva atingir a Coordenação de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas, a partir da substituição de seu coordenador. Essa medida se concretizada, pode dar início à recuperação do sistema de assistência em saúde mental no Brasil.

Para seu conhecimento, há cerca de 20 anos a estrutura de atendimento em saúde mental vem sendo sistematicamente desmontada no país por grupos de interesses diversos.

Nos últimos dez anos o número de leitos psiquiátricos privados mais que duplicou, e o número de leitos públicos diminuiu de 120 mil para 36 mil; e isso ocorre ao mesmo tempo em que assistimos à escalada do crack, à judicialização da saúde e ao aumento de moradores de rua com transtorno psiquiátrico.

Outro dado assustador é o crescimentos da população carcerária com doença mental, cerca de 12%, sendo em números absolutos próximo de cerca de 60 mil desassistidos no sistema prisional, muitos que são doentes que cometeram pequenos delitos por ser moradores de rua, serem exploradores por traficantes etc. Estamos transformando as prisões em novos manicômios.

Fora isso, temos a crescente necessidade de ferramentas terapêuticas para o tratamento dos portadores de Transtornos alimentares, Transtornos Bipolares, Transtornos de Déficit de atenção e Hiperatividade, transtornos de ansiedade, transtornos depressivos, dependentes químicos e outros que não têm alternativa real de tratamento na rede pública.

Existe hoje um quadro grave de desassistência na área de saúde mental no Brasil. Saímos de um modelo Hospitalocêntrico falido e entramos em um modelo Capscêntrico sem eficiência provada. Este cenário, em grande parte, foi construído a partir do afastamento dos psiquiatras do planejamento das políticas públicas, de planejamento e de atendimento. Não temos nada na área de promoção da saúde, prevenção da doença e assistência escalonada 1ª, 2ª, 3ª implantado de forma resolutiva. Defendemos um modelo em rede que seja efetivo, com comprovada eficácia, eficiência e efetividade. Veja as Diretrizes aprovadas em resolução pelo CFM em Julho de 2010.

A Associação Brasileira de Psiquiatria há tempos tem alertado para a condução equivocada da saúde mental no país e sempre foi ignorada pela Coordenação de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas. Confiamos na capacidade e na disposição do Ministério da Saúde em reverter esse quadro alarmante.

Desde já nos colocamos à disposição para auxiliar nessa tarefa tão árdua como necessária, desde a análise conjunta da equipe ideal, a indicação daqueles que atenderiam ao interesse público, sem conflitos de interesse, com a participação do CFM/AMB/FENAM.

A ABP e os Psiquiatras Brasileiros estão à disposição de Vossa Excelência para contribuir neste trabalho conjunto, de forma voluntária.

Desde já,

Com meus sinceros agradecimentos,

Antônio Geraldo da Silva - Presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria

25 de janeiro de 2011

Estudo: Divórcio e risco de suicídio nos filhos

Esta matéria do jornal O Globo nos leva a algumas reflexões: em primeiro lugar como é negativo para uma criança um ambiente hostil e hipercrítico, com brigas, humilhações, cobranças e terror psicológico. Eu acho que é isto que está em jogo, o quanto os pais se maltratam e maltratam os filhos ao longo de um processo de separação.

Depois, a união dos pais é importante para que a criança adquira segurança e maturidade emocional para a vida adulta. Não basta estarem casados, é preciso que os pais estejam em sintonia, a harmonia do lar é fundamental para este processo de amadurecimento. Quem tem filho pode perceber no dia-a-dia o quanto o afeto entre os pais é importante para a criança. Portanto, entre fingir que está tudo bem, mas viver às turras, talvez a separação ainda seja uma saída honrosa e saudável para todos.

Agora, o fundamental é que os pais, mesmo separados, não se esqueçam de suas responsabilidades e do papel afetivo que possuem para com seus filhos.

Este estudo chama muito a atenção pelo tamanho da amostra. São quase 7 mil adultos! É provável que ele aponte um resultado próximo à realidade. Precisamos cuidar melhor de nossos filhos e, sobretudo, da família, seu porto seguro.



Adultos que passaram pelo divórcio dos pais na infância têm mais probabilidade de serem considerados suicidas que seus pares de famílias intactas, sugere um estudo da Universidade de Toronto publicado esta semana no jornal Psychiatry Research.

Os pesquisadores examinaram diferenças específicas em uma amostra de 6.647 adultos, dos quais 695 tinham passado pela experiência do divórcio dos pais antes dos 18 anos. O estudo descobriu que homens de famílias divorciadas tinham mais que três vezes mais probabilidade de ideias suicidas quando comparados com aqueles com pais não divorciados. Já as filhas de pais divorciados tinham 83% mais probabilidade de suicídio que mulheres de lares não divorciados.

A relação entre o divórcio e as ideias suicidas é particularmente forte em infâncias estressantes devido ao abuso físico, pais viciados ou desempregados. Para mulheres que não tiveram essa infância infeliz a associação entre divórcio e suicídio não é significativa. Já homens, mesmo sem a experiência de uma infância de abusos, a ideia de suicídio aparece duas vezes mais do que homens que não têm os pais divorciados.

- A associação entre divórcio dos pais e pensamentos suicidas em homens foi muito forte, mesmo os que tiveram uma infância normal, mas estas descobertas não significam que crianças do divórcio estejam destinadas a se tornarem suicidas - diz Esme Fuller-Thomson, que liderou o estudo.

As explicações do impacto negativo nos homens varia, mas os pesquisadores acreditam que pode ser devido à falta de contato com o pai depois do divórcio. Estudos anteriores já tinham relacionado a perda da figura paterna ao desenvolvimento de comportamento hostil em meninos.

Angústia x Pânico: como diferenciá-las?


O termo angústia deriva de Angst, que em alemão significa "medo". De fato muitos pacientes definem angústia como um medo indefinido, uma apreensão, como se fosse um pressentimento de que algo ruim pudesse lhes acometer, mas a maioria dos pacientes não consegue identificar exatamente as causas para este sentimento. Isto torna a angústia diferente do pânico, uma crise de ansiedade acompanhada de sintomas físicos, como taquicardia, falta de ar, sudorese e sensação de morte, que gera um medo de passar mal ou morrer. No pânico o paciente identifica a razão do seu medo: se ele tivesse certeza de que as crises de pânico não mais ocorreriam, este medo acabaria.

No caso da angústia é diferente. As razões não são facilmente percebidas (podem até ser no decorrer do tratamento e da terapia). Ela também vem acompanhada de sintomas físicos, geralmente um aperto no peito, bem no meio do peito, atrás do esterno. É como se fosse uma dor constante, um desconforto que durasse por dias e o dia inteiro. Ela pode diminuir de intensidade, mas dificilmente desaparece por completo. É diferente do pânico, que vem em surtos ou crises, dá, fica em torno de 20 minutos, e depois desaparece como se não mais existisse, até a próxima crise. A angústia, não. Ela fica ali, como se estivesse querendo dizer algo que a pessoa não consegue entender.

Tanto o pânico como a angústia podem estar presentes em transtornos mentais como depressão, transtornos de ansiedade, transtornos de humor (como bipolaridade, ciclotimia, distimia, estados mistos), TOC, esquizofrenia, entre outros. O tratamento do transtorno de base em geral melhora este mal estar. A psicoterapia também é um tratamento importante, que permite à pessoa identificar e lidar melhor com os motivos que a levaram a este estado.

Leia abaixo a reportagem de Adriana Toledo, publicada na Revista Saúde é Vital deste mês.




Angústia é doença e tem cura

Ela gera um desconforto físico, psíquico e requer tratamento diferenciado. Saiba mais.

Chego pela manhã ao complexo do Hospital das Clínicas, em São Paulo, e me dirijo ao primeiro andar do prédio do Instituto de Psiquiatria, onde sou recebida pelo chefe do departamento, o psiquiatra Valentim Gentil. Nosso objetivo é definido: caracterizar, com elementos concretos, o conceito de angústia. A missão é árdua. “Diferentemente do medo ou da ansiedade, que são experimentados pela maioria das pessoas, a angústia acomete menos de 50% da população. E nunca tive essa experiência, o que dificulta a tarefa de descrevê-la com precisão”, confessa. “Em geral, meus pacientes relatam uma agonia mental sem gatilho aparente, atrelada a um sufoco semelhante ao da asma, e uma dor ou compressão no peito”, descreve.

Incentivar o diagnóstico e um tratamento personalizado é a proposta de Gentil, que assina o artigo intitulado Why Anguish? — em português, Por que angústia? —, que acaba de ser divulgado na publicação científica inglesa Journal of Psychopharmacology. Isso porque, nas discussões entre especialistas do mundo todo, o sentido dessa emoção se esvaziou ao longo do tempo. E frequentemente ela é confundida com o distúrbio de ansiedade ou de pânico.

“Mas são comportamentos mentais diferentes, com padrões de ativação cerebral distintos”, defende Gentil. “A ansiedade é uma apreensão exagerada em relação ao futuro, enquanto a angústia é um sofrimento relacionado ao presente.”

Munida dos esclarecimentos sobre as manifestações físicas do sintoma, sigo ao consultório da psicanalista paulistana Maria de Lourdes Félix, que auxilia Gentil nas pesquisas sobre a face psicológica da angústia. “Meus pacientes costumam levar as mãos ao peito e reportar um sentimento de vazio. Sentem conflitos diante das inúmeras possibilidades de escolhas no dia a dia e questionam o sentido de sua existência”, conta. “Em casos extremos, essas pessoas são dominadas pela introversão. Elas perdem a capacidade de análise, de lidar com o cotidiano, de interagir socialmente. Ficam paralisadas.”

À luz do filósofo dinamarquês Soren Kierkegaard (1813-1855), a psicóloga Marília Dantas, da Universidade Estácio de Sá, em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, traduz o mal-estar: “O ser humano sente desamparo, incerteza, falta de controle diante da liberdade de decidir. Optar por um caminho significa correr riscos, abrir mão das alternativas. Isso é angustiante”.

Reconhecer um quadro de angústia é uma função que cabe a especialistas. Mas os angustiados de plantão podem contribuir, fornecendo detalhes de como se sentem. É o que constatei nas conversas durante os trajetos de consultório em consultório. A pergunta que fiz a motoristas, recepcionistas, colegas e pedestres com quem cruzei no caminho era sempre a mesma: o que é angústia para você? As respostas variaram. “É pensar como seria minha vida se eu tivesse estudado psicologia.” Ou “É um beco sem saída dentro do peito”. Ou ainda “É uma incerteza sobre as consequências das decisões que tomei”.

Infelizmente, a maioria dos angustiados só procura ajuda especializada quando a sensação ruim beira o insuportável. “Eles chegam ao pronto-socorro com dor e opressão no tórax, peso e desconforto no peito”, confirma o cardiologista César Jardim, supervisor do pronto-socorro do Hospital do Coração, em São Paulo. Os sintomas se assemelham aos de problemas cardiológicos, como infarto. “Mas os problemas cardiovasculares só se confirmam em 30% dos casos”, estima. Ele conta que, depois de realizar exames e apontar que o sujeito está em condições perfeitas de saúde, os pacientes confessam que vêm se sentindo nervosos e… angustiados.

Quando é assim, excluída a presença de doenças físicas, o passo seguinte deveria ser a visita a um psiquiatra. “Há hipóteses de que a angústia seja desencadeada por uma maior ativação de uma região chamada ínsula, no córtex cerebral, relacionada à percepção de funções viscerais, como as do coração, do diafragma e dos pulmões”, explica Valentim Gentil. “Por isso, acreditamos que suas vítimas possam responder bem a calmantes chamados benzodiazepínicos, a alguns antipsicóticos e a uma classe de antidepressivos conhecida como tricíclicos”, continua. “A imipramina é um dos principais medicamentos desse grupo e se mostra eficaz, apesar de promover eventuais efeitos colaterais, como tonturas e alterações cardíacas”, completa seu colega Jair Mari, da Universidade Federal de São Paulo. Essa droga modula neurotransmissores como a noradrenalina, substâncias que agem no cérebro e controlam as emoções.

O ideal é complementar esse tratamento com o de um psicólogo ou psicanalista. “Trabalhamos o desenvolvimento emocional, fazendo com que o paciente reflita e traduza seus pensamentos, criando condições para contornar sentimentos que julga insuportáveis”, explica Maria de Lourdes. A angústia é, portanto, um problema de saúde e necessita de acompanhamento. Se ela anda sufocando-o, chega de sofrer em silêncio: busque auxílio e afrouxe, de vez, esse nó dentro do peito.

Fonte: http://saude.abril.com.br/edicoes/0324/bem_estar/conteudo_563179.shtml

10 de janeiro de 2011

Curso e Grupo de Ajuda para Familiares de Pacientes com Transtorno Mental Grave


Gostaria de começar o ano com uma boa notícia e com a divulgação de um serviço de utilidade pública.

Estamos iniciando um programa de apoio às famílias de pacientes portadores de transtornos mentais graves, como esquizofrenia, transtorno esquizoafetivo e transtorno bipolar, no Instituto de Psiquiatria da UFRJ (IPUB).

O programa é um aperfeiçoamento do que já ocorria no Centro Psiquiátrico Rio de Janeiro e que deu origem ao livro "Entendendo a Esquizofrenia: como a família pode ajudar no tratamento?". Mas desta vez decidimos abranger todos os transtornos psiquiátricos graves, por entendermos que os conflitos vivenciados pelas famílias (e consequentemente por seus pacientes) são semelhantes, seja qual for o diagnóstico, e a necessidade de apoio, bem como de informação sobre os transtornos, podem repercutir positivamente na clínica do paciente e na qualidade de vida de seus familiares.

O programa consiste de três etapas:

Etapa 1 - entrevista com os familiares e pacientes para avaliar as demandas iniciais de cada família

Etapa 2 - curso sobre transtornos mentais graves com seminários que informam, numa linguagem acessível, sobre os principais transtornos mentais, o quadro clínico, os tratamentos e o papel da família.

Etapa 3 - grupos de ajuda com os familiares (terapia de grupo) para debater os principais conflitos e formas de solucionar os problemas do dia-a-dia.

Este programa faz parte de um projeto de pesquisa que quer conhecer melhor e estudar os conflitos de famílias com experiência com formas graves de transtornos mentais.

As inscrições estão abertas e devem ser feitas pelo telefone (21) 2439-4269 (falar com Sra Marismar)

Os encontros serão aos sábados, de 10 às 12h, no Instituto de Psiquiatria da UFRJ (IPUB), Av. Venceslau Brás, 71 - Fundos, Botafogo.


Início do curso previsto para maio de 2011