O grupo Harmonia Enlouquece é formado por pacientes e técnicos do Centro Psiquiátrico Rio de Janeiro - CPRJ, hospital do Governo do Estado do Rio de Janeiro, onde tive orgulho de trabalhar por muitos anos. Eles se tornaram mais conhecidos após a exposição na novela Caminho das Índias, da TV Globo, mas eles têm um repertório grande e muito interessante, que vale a pena conhecer. O clipe abaixo é do novo trabalho deles, "Homem Robô". Vale a pena assistir e visitar o Youtube, onde existem outras músicas do grupo.
Médico formado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Pós-graduação em Psiquiatria pelo Instituto Philippe Pinel. Membro Titular da Associação Brasileira de Psiquiatria e Membro da Sociedade Internacional de Pesquisa em Esquizofrenia (The Schizophrenia International Research Society). Autor do livro "Entendendo a Esquizofrenia - Como a família pode ajudar no tratamento?". Editor do Portal Entendendo a Esquizofrenia.
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2 comentários:
Eu imagino que enquanto algumas pessoas se divertem ouvindo músicas bem humoradas sobre a psicose e a realidade brasileira, outros milhares de portadores de esquizofrenia estão morrendo por iatrogenia da equipe médica ou dos médicos.Eu prefiro esse refrão aqui:
"Brasil!
Mostra a tua cara,
quero ver quem paga pra gente fica assim..."
O preconceito contra as doenças mentais e os pacientes aparece de diferentes formas. Uma delas é menosprezando as iniciativas culturais e artísticas que partem deles. O grupo Harmonia Enlouquece faz música profissional e de qualidade e devolveu o sentido da vida aos seus integrantes, que encontraram no grupo uma forma de firmarem seu espaço e papel numa sociedade cada vez mais excludente. Preconceitos deste tipo procuram isolar os pacientes cada vez mais, como se deles não se pudesse esperar nada de bom, nada que possa agregar valor à sociedade. Eu convido o anônimo do comentário acima a assistir a um show da banda e a conversar com seus integrantes para rever suas convicções, pois sentimentos como este não fazem bem a ele e nem à própria sociedade.
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